Um simples Obrigado!

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No dia 10 de junho escrevi  “O dia de Portugal,  o ano da vitória” onde dizia não acreditar que o Euro 2016 ter inicio no dia de Portugal era uma mera coincidência. Escrevi que começava um sonho em França e que esse dia ia ficar para a história a juntar há que já se celebrava.

Acreditei, portanto, desde o primeiro dia que este era o nosso ano, não sei se era um feeling, se era a confiança que Fernando Santos transmitia, se eram os vídeos motivacionais do Guilherme Cabral, sei que tudo parecia dar certo, os 23 convocados, a garra, o apoio, as claques unidas a uma só voz, os 11 milhões que acreditavam, que choravam e que gritavam bem alto o seu amor a Portugal.

Se há 12 anos, em 2004, o país tinha parado pelo futebol e no fim tinha ficado em lágrimas, hoje, em 2016, o país voltou a esvair-se em lágrimas desta vez de alegria.

Hoje mostramos à Europa o nosso fado, mostramos que, embora nos primeiros jogos a sorte não estivesse do nosso lado, lutamos e sofremos até ao último minuto, pois sofrer até ao fim faz parte da essência e do orgulho que é ser português e que é esse orgulho que nos torna mais fortes.

Esta espera pelos últimos minutos traz um aperto no coração acompanhado pela mesma esperança que outrora Bartolomeu Dias teve ao dobrar o Cabo das Tormentas.

Fernando Santos disse, no seu primeiro jogo ao leme do barco português -curiosamente no estádio de Saint-Denis- , que ia voltar ali na Final do Euro. Mais tarde, já durante a competição, disse que só voltava a Portugal no dia 11 de julho, de taça na mão e ia ser recebido em clima de festa.

Nunca perdeu nenhum jogo oficial e lá estava, tal como prometeu várias vezes, na Final da Competição, trouxe a taça para Portugal e está a ser recebido em festa.

Somos um povo quente em emoção, somos lutadores, guerreiros, temos o sangue na guelra e nenhum português ficou indiferente ao ver o nosso capitão Ronaldo a chorar por nada conseguir fazer pela nossa seleção.

Para a história fica a invasão a França, como outrora fomos por eles invadidos, com a diferença que não houve mortos nem feridos e que trouxemos para casa taça com lágrimas e suor, mas sobretudo com dignidade e audácia.

Temos o mais velho e o mais novo campeão da Europa, temos os melhores 23 da Europa e o melhor do mundo.

Há muito que tínhamos a fome de vencer, a garra, o sonho e se juntos somos mais fortes, foi juntos que cantamos, a uma só voz, o nosso hino, o nosso amor à pátria e mostramos ao mundo que somos o povo da ocidental praia Lusitana e que a nossa pequenez geográfica foi capaz de conquistar a Europa.

Vingamos 2004 e hoje Pessoa, hoje cumpriu-se Portugal.

Arrepiante e emotivo. Obrigado Portugal!

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