Pela janela vejo o céu,
As árvores, o sol e a multidão
Não vou sair de casa
Porque não gosto de confusão

Não gosto da azafama
Prefiro estar recolhido no meu canto
Não gosto da confusão
Não gosto de caras de espanto

Se é solidão? Não sei
Eu gosto de ficar assim 
Porque tudo o que criei 
Não sairá nunca de mim

Contemplo o céu azulado 
E descanso um pouco a minha alma 
Evito pensar no passado
Estou a levitar, preciso de calma

Poema multi-autores, André Vilar, Cátia Cardoso e Tiago Pinho